Mercenários russos do “Grupo Wagner” treinados nos campos da Direção Geral do Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa, também conhecido como GRU, o Departamento Central de Inteligência estão agora a combater na Líbia ao lado do “marechal de campo” rebelde Khalifa Belqasim Haftar, profanaram com inscrições neonazis e queimaram a mesquita de Neffati, localizada numa aldeia a sul de Trípoli. Esse facto vem relatado na publicação “Voz do Islão”, com referência às filmagens mostradas no canal “The Libya Observer” no Youtube a 7 de Junho de 2020
* O Grupo Wagner (em russo: Группа Вагнера) é uma organização paramilitar russa. Alguns descrevem o Grupo Wagner como sendo uma empresa militar privada (ou agência de contratos militares privados), que actua em várias regiões do mundo, principalmente no leste da Ucrânia e na Síria, mas também noutros países. Outros descrevem o Grupo Wagner como sendo um esquadrão secreto do Departamento Central de Inteligência das Forças Armadas Russas, GRU, que é utilizado como braço de apoio em conflitos onde a Rússia está envolvida e onde é necessário recorrer à negação plausível.
Na fotografia bem como no vídeo da mesquita, há frases escritas em russo na fuligem das paredes queimadas. “Vejo mesquitas na terra russa, mas prefiro vê-las no fogo do inferno”, diz uma das inscrições, assinada com 14/88, número associado à subcultura neonazi.
Nas outras fotografias da cena, mostram-se latas de ensopado de carne de porco, deixadas pelos mercenários russos dentro da mesquita queimada de propósito para mostrar a sua negligência e o seu desprezo pelo lugar de culto de muçulmanos.
Este é “o mundo russo” pervertido e vicioso transportado para a Líbia pelos soldados do grupo Wagner que, a fugir, durante a retirada, perderam material bélico russo importante e dispendioso.
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Em 2016, os voluntários da comunidade internacional de informação OSINT, InformNapalm recolheram e publicaram dados, numa primeira instância em relação a 58 e seguidamente a 116 oficiais da Força Aérea Russa, em particular, pilotos e navegadores do grupo aéreo russo na Síria, que atacaram repetidamente, usando mísseis e bombas, a população civil, incluindo hospitais, escolas, jardins de infância e mesquitas, matando, em resultado disso, muitas mulheres, crianças e pessoas idosas.
Essa informação, traduzida para 13 idiomas, incluindo o árabe, tornou-se pública, o que assustou os propagandistas russos. Estes receavam que provavelmente os militares russos seriam punidos pelos seus crimes internacionalmente.
No entanto, os seus medos foram em vão, em 4 anos não apareceu nenhum caso de acusação ou punição de oficiais, soldados e mercenários russos, afiliados à liderança da Federação Russa, que lutaram na Síria ou na Líbia e executaram as ordens criminais do Kremlin.
A comunidade voluntária internacional de informação OSINT InformNapalm continua a recolher dados dos mercenários do grupo russo Wagner. Várias informações sobre estes podem ser encontradas em publicações no site.
Esperamos que todos os criminosos de guerra russos sejam punidos por crimes contra o povo da Ucrânia, Geórgia, Síria, Líbia e outros países nos quais o Kremlin quer espalhar o “mundo russo”.
Tradução: Helena Sofia da Costa.
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