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Jan Marsalek – a pessoa mais procurada do mundo

on 2020-08-08 | | Notícia | Síria Print This Post Print This Post
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InformNapalm apresenta um artigo que destaca a história do cidadão austríaco Jan Marsalek, ex-chefe da “Wirecard”.

A informação foi fornecida pela InformNapalm Lituânia e é baseada em informações da  Handelsblatts (2020-07-19), von Bellingcat (2020-07-18) e Financial Times (2020-07-10).


A 25 de Junho de 2020, as autoridades policiais alemãs iniciaram um processo de falência contra uma das principais empresas de tecnologia financeira, a “Wirecard”, cuja administração é acusada de desvio de cerca de 2 biliões de euros. O gerente da empresa, Marcus Braun, foi preso e o seu vice, Jan Marsalek, desapareceu após ser demitido da empresa. De acordo com o Financial Times (FT), as agências policiais alemãs colocaram o cidadão austríaco, Jan Marsalek, na lista internacional de pessoas procuradas. Os serviços de inteligência e segurança de pelo menos três países da Europa Ocidental estão interessados ​​nele por causa das suas possíveis ligações com o Estado Maior das Forças Armadas da Federação Russa (Гла́вное управле́ние Генера́льного шта́ба Вооружённых сил Росси́йской Федера́ции), que é mais conhecido pelo seu nome antigo, a Diretoria Principal de Inteligência (GRU).


* GRU – Departamento Central de Inteligência (em russo: Главное разведывательное управление, abreviado como GRU (em russo: ГРУ) é a agência de inteligência militar do Estado-Maior das Forças Armadas da Federação Russa (anteriormente Estado-Maior do Exército da União Soviética).


O Financial Times conduziu uma investigação jornalística e uma análise das actividades de Jan Marsalek e constatou que, desde 2015, este reúne-se regularmente com representantes da UE e da Rússia em projectos de reconstrução na Líbia. Segundo o Financial Times, Marsalek estava interessado em investir numa fábrica de cimento na Líbia. Em 2018, organizou uma reunião com especialistas anónimos em Munique sobre o “emprego” de 15.000 mercenários que, conforme a sua versão, protegiam projectos comerciais na Líbia. No entanto, nem os detalhes reais dos soldados, nem quais seriam as actividades dos mercenários são um assunto conhecido. Segundo o Financial Times, um cidadão russo, Andrei Chuprygin, foi o assessor de Jan Marsalek na operação na Líbia, sendo especialista em questões relacionadas com  países árabes e é considerado um ex-funcionário da GRU, de acordo com fontes de inteligência.

Andrei Chuprygin, “ex-oficial” da GRU. Fotografia: Kavpolit.com

É sabido que dezenas de mercenários armados da empresa militar privada “RSB Group” (“Grupo RSB”) estavam deslocados na fábrica de cimento na Líbia.

Funcionários do “Grupo RSB” na Líbia. Fotografia: Twitter.

De acordo com o Financial Times, Jan Marsalek colaborou com a Associação de Amizade Austríaca-Russa, transmitindo aos seus membros informações confidenciais do Ministério do Interior da Áustria e também do Serviço de Segurança Austríaco BVT. Segundo o Financial Times, Marsalek também transmitiu informações classificadas ao partido populista de direita austríaco FPO.

Conforme fontes do FT, Jan Marsalek é uma personalidade bastante brilhante e não se limitou a assuntos comerciais relacionados com as actividades da Wirecard e adorava aventuras, sobre as quais falava com os colegas. Uma dessas “aventuras” foi uma viagem à cidade de Palmyra, na Síria, em 2017, logo após o exército russo ter tomado a cidade aos combatentes do ISIS. Segundo Marsalek, foi convidado pelos militares russos imediatamente após a operação bem-sucedida.

Militantes russos da empresa militar privada  “Wagner” (uma formação “proxy” do Estado Maior das Forças Armadas da Federação Russa) na Síria / Fotografia: InformNapalm.

Agente venenoso nervoso Novichok

Em 2018, Jan Marsalek mostrou aos seus parceiros em Londres quatro documentos classificados de uma investigação realizada em 2018 pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) (em inglês: Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons, OPCW). Os documentos continham informações sobre o ataque a Sergei Skripal e à sua filha Yulia, que foram envenenados em Salisbury, Inglaterra, e a fórmula química do veneno paralisante “Novichok”. Ainda não se sabe como os documentos secretos chegaram às mãos de Jan Marsalek.

Sergei Skripal no centro comercial em Salisbury, Reino Unido. Fotografia: AFP / “Scanpix”.

Após a falência da Wirecard e as informações sobre o desaparecimento de Marsalek, o jornal alemão Handelsblatt, que se baseou neste caso  em suas próprias fontes, relatou que o austríaco estava escondido numa casa particular perto de Moscovo e que a sua segurança terá sido fornecida pelo GRU. Segundo o Handelsblatt, quando Marsalek foi demitido da Wirecard, foi imediatamente para a Belarus. Mas quando as tensões entre os líderes políticos da Belarus e da Rússia aumentaram, foi levado para Moscovo. Antes de Marsalek deixar a sede da Wirecard no Dubai, enviou, de acordo com o Handelsblatt, uma grande quantidade de criptomoeda (Bitcoins) para a Rússia.

Jan Marsalek. Fotografia: Isaan.live.

A Bellingcat, uma agência de pesquisa livre jornalística, ou seja, de informação OSINT, também conduziu uma investigação sobre Jan Marsalek. Confirmaram a informação de que o austríaco fugiu para a Belarus imediatamente após a sua demissão. 

Segundo a Bellingcat, no dia 18 de Junho de 2020, Jan Marsalek voou para Tallinn, onde embarcou num jato privado e voou até Minsk. Essa informação foi confirmada, pelos investigadores, ao analisarem o banco de dados do controle de fronteira entre a Rússia e a Belarus, onde estava indicada a data da chegada de Jan  Marsalek. Aconteceu que J. Marsalek tentou enganar os investigadores e comprou bilhetes para as Filipinas antes de viajar para a Belarus. 

Além disso, também falsificou as informações sobre a sua chegada no registo de imigração. Segundo a Bellingcat, na sua correspondência com outras pessoas após o seu desaparecimento, declarou que estava na Ásia, mas uma das suas respostas traiu-o e revelou a verdade. À pergunta de um colega se “a situação política está estável no país em que se encontra”, Jan Marsalek respondeu: “Não se preocupe, o mesmo governo está a governar este país há 25 anos”. Essa resposta levantou a suspeita dos jornalistas de que Jan Marsalek pode não estar na Ásia, mas na Belarus.  

Jan Marsalek. Fotografia: The Insider.

Além disso, os jornalistas também descobriram que Jan Marsalek visitou a Rússia cerca de 60 vezes nos últimos dez anos. A maioria das suas viagens à Rússia ocorreu em 2015-2016. A Bellingcat relatou que não estava claro o que ele fazia na Rússia ao visitá-la tantas vezes durante esse período, mas as suas actividades provavelmente chamaram a atenção do Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB). Na maioria dos casos, as viagens de Jan Marsalek à Rússia duraram de dois a três dias, mas em Setembro de 2017 ele passou na Rússia mais de uma semana. Segundo jornalistas investigadores, chegou à Rússia no dia 9 de Setembro de 2017, e quis partir no seu avião privado a 15 de Setembro de 2017, mas o Serviço de Fronteira do FSB não lho permitiu. Apenas obteve autorização para deixar o país à noite no mesmo dia. Após essa sua viagem à Rússia, Jan Marsalek não voltou para a Áustria, ou pelo menos não voltou usando um passaporte emitido na Áustria, relata a Bellingcat. Para as viagens à Rússia, Jan Marsalek usou seis passaportes austríacos diferentes emitidos em seu nome. No entanto, também tinha um passaporte diplomático de “não cidadão” emitido por um país terceiro. Existem apenas alguns países (não da UE) que usam essa prática. Passaportes semelhantes são emitidos para cônsules honorários em casos excepcionais. Segundo a Bellingcat, Marsalek gabou-se repetidamente de ter passaportes de vários países. Alguns dias antes do seu desaparecimento, disse a um ex-colega que era cônsul honorário de um “estado não identificado”.

Itinerário de Jan Marsalek. Fotografia: Bellingcat.com.

Conforme jornalistas investigadores, o FSB estava muito interessado em Jan Marsalek. Depois de verificar o banco de dados de uso interno do FSB, que contém informações sobre as pessoas em que o FSB está interessado, a Bellingcat encontrou informações bastante detalhadas sobre Marsalek. De acordo com os pesquisadores, o banco de dados contém quase todos os estrangeiros que visitam a Rússia. O nome da pessoa que entra no país e a sua proveniência, a finalidade da entrada, o registo da hora de chegada e saída e o número do passaporte são normalmente indicados. Mas no caso de Jan Marsalek, além da informação acima mencionada, foram recolhidas informações adicionais ou seja, uma lista exaustiva de todas suas viagens fora da UE desde 2015. De acordo com os jornalistas, o motivo do FSB recolher dados adicionais sobre Jan Marsalek é desconhecido:pode ser devido à cooperação em curso com o FSB, ou porque ainda estava sob vigilância como um alvo potencial de recrutamento. A última versão pode ser apoiada pela sua detenção em 2017, quando o FSB poderia forçá-lo a cooperar. Outra versão poderia ser que Jan Marsalek tenha sido seguido por causa de suas ligações com o GRU, cujas actividades no exterior são de interesse do FSB. Segundo a Bellingcat, informações sobre as viagens de Jan Marsalek foram registadas até 2018. De acordo com os investigadores, as informações sobre a passagem da fronteira com a Belarus podem ser falsificadas da mesma maneira que as informações sobre a partida de Marsalek para as Filipinas. No entanto, tal operação não poderia ter sido realizada sem a participação do FSB, o que, nesse caso, confirmaria a ligação do austríaco com Serviço Federal de Segurança russo.


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Tradução: Helena Sofia da Costa. Distribuição e partilha com referência à fonte são bem-vindas! O InformNapalm não tem nenhum apoio financeiro do governo de nenhum país ou doador, os únicos patrocinadores do projeto são os seus voluntários e leitores. Também pode ajudar o InformNapalm com uma contribuição através da plataforma Patreon.

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Tags: GRUGrupo WagnerJan MarsalekWirecard

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